Certos sentimentos às vezes são meio psicológicos, às vezes é só o
costume, a rotina e o hábito de ter a pessoa ali sempre. Aí o tempo passa e um
belo dia você acorda pensando “caramba,
há muito não sinto falta disso e daquilo” Aí você se desespera, pensa de
novo em como isso aconteceu, em como de repente parou de pensar, de se
importar... Como de repente veio aquele ESFORÇO pra lembrar por não se flagrar
com a pessoa na cabeça, não mais. É bem nesse dia que você vê que superou, é. Você o superou bem rapidinho, sabe por quê?
Porque ele matou seu amor aos poucos. Ele matou seu amor nas mentiras, nas
mancadas, nas vezes que não te deu atenção, nas vezes que te traiu nas vezes
que te fez de idiota. Nas inúmeras vezes que te machucou. Nas desculpas sempre
iguais, nas promessas utópicas (não que sejam sem sentido, mas levando em conta
quem as prometia era muita utopia acreditar). Ele matou aos poucos e você nem
percebeu, né? Aí não resta nem raiva, nem ódio, nem amor, nem saudade (...) só
resta mesmo àquela lembrança com a frase “Foi bonito, pra mim”. Acordei assim
hoje, procurando você aqui e nada... Foi estranho não te encontrar nos detalhes
do dia-a-dia! Estranho o desinteresse que tenho em relação a ti. Virou aquele
tanto faz. Porém, é meu amigo e estarei sempre ao seu lado quando precisares.
Digo isso hoje por não haver mais nenhuma mágoa, por o sentimento em relacionamento
estar meio morto e principalmente por saber que você já era já superei e a vida
segue!
Ouça: Apesar de você – Chico Buarque e
Olhos nos olhos – Chico Buarque
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